segunda-feira, 24 de março de 2014

Ogum Já



E uma das qualidades mais polêmicas é Ogun Já, ou Ogun Ajá, Aquele que come cão. O próprio nome já diz um pouco sobre o porquê da discussão. Algumas itãns nos contam que ele seria filho de Yemonjá e Oxaguiã, desde cedo demonstrava temperamento forte e explosivo e na África é oferecido a esse orixá o cão como sacrifício, porém devemos entender que é o cão selvagem, que apesar de ser da família do nosso cão domestico, não é a mesma coisa e não critico quem fique horrorizado com isso, afinal o “cãozinho” é o animal de estimação mais comum no Brasil, alias em quase todos os países de origem européia. E cultura é cultura, não podemos discutir isso.

Existe dois pontos de vista sobre essa questão, muitos zeladores, dizem que não devemos iniciar ninguém nesse orixá, pois não temos material para fazê-lo, e que isso acarreta uma espécie de cobrança dessa energia, pois quando invocamos um determinado orixá, devemos ter ciência de como ele é cultuado originalmente, nisso eu concordo, porém se pensarmos por esse ponto de vista, não iniciariamos ninguém, pois como você inicia alguém de Yemonjá, sem a água do rio Ogun? Ou alguém de Xangô sem um otá de Oyó? É complicado quando falamos desse assunto, hoje temos como comprar produtos importados da África, mas e a trinta anos? Como eram feitas. Mas continuando falando sobre Ogun Já, sua cor é o azul e o verde, que representação o ferro e o mariwó. Seu espaço é caracterizado pelas estradas de terra estreitas e retas e tem relações estreitas com Oxaguiã Ajagunã.