E
uma das qualidades mais polêmicas é Ogun Já, ou Ogun Ajá, Aquele que
come cão. O próprio nome já diz um pouco sobre o porquê da discussão.
Algumas itãns nos contam que ele seria filho de Yemonjá e Oxaguiã, desde
cedo demonstrava temperamento forte e explosivo e na África é oferecido
a esse orixá o cão como sacrifício, porém devemos entender que é o cão
selvagem, que apesar de ser da família do nosso cão domestico, não é a
mesma coisa e não critico quem fique horrorizado com isso, afinal o
“cãozinho” é o animal de estimação mais comum no Brasil, alias em quase
todos os países de origem européia. E cultura é cultura, não podemos
discutir isso.
Existe
dois pontos de vista sobre essa questão, muitos zeladores, dizem que
não devemos iniciar ninguém nesse orixá, pois não temos material para
fazê-lo, e que isso acarreta uma espécie de cobrança dessa energia, pois
quando invocamos um determinado orixá, devemos ter ciência de como ele é
cultuado originalmente, nisso eu concordo, porém se pensarmos por esse
ponto de vista, não iniciariamos ninguém, pois como você inicia alguém
de Yemonjá, sem a água do rio Ogun? Ou alguém de Xangô sem um otá de
Oyó? É complicado quando falamos desse assunto, hoje temos como comprar
produtos importados da África, mas e a trinta anos? Como eram feitas.
Mas continuando falando sobre Ogun Já, sua cor é o azul e o verde, que
representação o ferro e o mariwó. Seu espaço é caracterizado pelas
estradas de terra estreitas e retas e tem relações estreitas com Oxaguiã
Ajagunã.