Ajá ou
como é conhecido Ogun Já, é um orixa distinto, que no Brasil foi
introduzido ao culto de Ogun. Já é um grande guerreiro Funfun, ou seja,
branco, suas historias narra que seria irmão de Jágun e Ajágunon, seria o
irmão do meio entre eles.
Sua
personalidade é extremamente combativa, é bruto e observador, jamais
perdeu uma batalha junto com seus irmãos, ele imponhou medo e gloria por
onde passavam. Já não aceita mentiras e castiga severamente quem mente,
pois foi através de uma mentira que Já se separou de seus irmãos, ao se
separarem, Já foi para as terras de Ire, onde é conceituado o culto a
Ogun, em Ire aprendeu como se vestir e comer como Ogun, porem sua carne
predileta é de cachorro, razão pela qual o fez ser chamado de Ogun Já ou
Ogun Je Ajá, que significa Ogun dos cães ou Ogun que come cães, em seu
templo na África, nas festas de Ogun é cortado sete cachorros e
oferecido nos pés do ibá de Ogun Já em homenagem e agradecimento pelo
axé que ele oferece.
Já é cultuado nas terras de Ire, mas sua origem é
das terras de Ekiti, onde até hoje existe um templo a Jagun e Já,
Ajágunon esta separado a esses templos na África devido a sociedade ao
culto de Ejigbo, nas terras de Oxogyan, onde conquistou e ganhou seu
espaço. Já veste branco, pois é um Funfun assim como Jagun e Ajagunon,
com pequenos detalhes de azul - marinho e verde escuro, tem total
ligação com Yemanjá, pois é um de seus filhos mais mimado por ela, com
Ayrá e Oxalá, pois é através de Ayrá que Já, Jágun e Ajágunon se
alimentam, segundo narra suas lendas, esses três irmãos são obrigado
devido a um favor que Ayrá prestou a eles.
Já é guerreiro, severo,
caçador, sanguinário e indomável, dizem que sua força é equivalente a
uma pancada de uma locomotiva e sua raiva é disposta ao choque de duas
espadas, senhor dos caminhos assim como Ogun, e determina o que vai ou
não vai ser feito em certos aspectos, sua postura é de um guerreiro
valente que não teme a nada e a ninguem, venceu até a propria morte, e
se proclamou um senhor da guerra, seu extinto é denominador, seleciona e
determina muito bem o que deve fazer, se vai dar certo ou não, pois Já
não aceita erros e nem falhas, um minimo erro ele se enfurece e da
ataques de espadas cegamente, sendo acalmado somente por Yemanjá.
Já
não é Ogun, porem no Brasil se tornou uma das qualidades desse orixá,
devido ao culto citado acima, em Ire, na cidade de Ogun, e seus aspectos
gerais de guerreiro, caçador e senhor dos caminhos. Tem passagens com
seu irmão Ínle, pois foi Odé Ínle que o ensinou a caçar, fatos que
mostram como é importante a ligação entre esses orixas, pois assim como
Já, Jágun e Ajágunon, Ínle no Brasil se tornou uma qualidade de Oxóssi,
tendo seu culto na cidade de Ilobú, junto a Erinle e Oxossi Ibualamo.
Fato,
Já é no entanto, impulsivo e controlador, tendo seu comportamento de
uma certa forma denominado machista, e no seu templo na Africa poucas
mulheres entram e participam, sendo somente permitidas as mulheres que
cozinham e arrumar o templo de Ajá na Africa, mas deixando bem claro,
isso só na Africa.
Ninguém jamais diz a Já o que ele deve fazer, ele
decide e ele que determina, come azeite de oliva e inhame, mas não
aceita feijão preto.
E
uma das qualidades mais polêmicas é Ogun Já, ou Ogun Ajá, Aquele que
come cão. O próprio nome já diz um pouco sobre o porquê da discussão.
Algumas itãns nos contam que ele seria filho de Yemonjá e Oxaguiã, desde
cedo demonstrava temperamento forte e explosivo e na África é oferecido
a esse orixá o cão como sacrifício, porém devemos entender que é o cão
selvagem, que apesar de ser da família do nosso cão domestico, não é a
mesma coisa e não critico quem fique horrorizado com isso, afinal o
“cãozinho” é o animal de estimação mais comum no Brasil, alias em quase
todos os países de origem européia. E cultura é cultura, não podemos
discutir isso.
